CST da Enfermagem debate violência e busca medidas de proteção para profissionais da saúde
A 3ª reunião da Câmara Setorial Temática da Enfermagem destacou relatos de agressões contra trabalhadores da saúde e apresentou propostas de segurança e valorização.

Por Da Redação
A Câmara Setorial Temática (CST) da Enfermagem discutiu, nesta quinta-feira (4), a violência, a discriminação e a necessidade de respeito aos profissionais de enfermagem no ambiente de trabalho. Durante a 3ª reunião ordinária, realizada na Assembleia Legislativa, enfermeiros e técnicos relataram episódios de agressão sofridos durante a jornada de trabalho e apresentaram medidas de prevenção e proteção.
A iniciativa é de autoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB). Para a vice-presidente da CST, vereadora de Jaciara Laís Menezes (PSB), a discussão é urgente. “Já vimos caso de médica esfaqueada em Primavera do Leste em 2022, além de uma agente de saúde assassinada. Estamos falando da segurança de todos os trabalhadores da saúde. É preciso conter essas agressões”, afirmou.
A vereadora de Cáceres, Elis Enfermeira (PL), ressaltou que a violência é um problema nacional que também atinge sua cidade. “Cáceres é uma cidade fronteiriça e, infelizmente, expõe os profissionais a riscos constantes. Este espaço de debate é fundamental para buscarmos políticas públicas de proteção”, destacou.
Entre as propostas apresentadas estão a criação de leis municipais para garantir a presença de seguranças em unidades de saúde. “Os gestores municipais precisam compreender a importância de proteger os profissionais da linha de frente. Na enfermagem, cerca de 80% são mulheres, o que aumenta a vulnerabilidade. Uma das estratégias é apresentar projetos de lei que assegurem a presença de agentes de segurança em hospitais e unidades de pronto atendimento, onde os casos de agressão são mais frequentes”, explicou Elis Enfermeira.
Também foram sugeridas medidas como a criação de um botão do pânico para acionamento imediato da polícia, acompanhamento psicológico para vítimas de agressão, assistência jurídica e seguro de vida para os profissionais de saúde. A técnica de enfermagem Jucirene Camargo defendeu ainda o pagamento de adicional de periculosidade.
Segundo a vereadora Laís Menezes, a ideia é reunir as propostas em um projeto de lei estadual. “Queremos que todas as ocorrências de violência contra profissionais de saúde sejam notificadas e encaminhadas à Secretaria de Estado de Saúde”, adiantou.
O representante do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Rafael Vidal, destacou que o tema é urgente e merece atenção imediata. “Muitos profissionais procuram o Coren após sofrer agressões, mas o sistema de saúde, seja público ou privado, ainda é desestruturado tanto na prevenção quanto no apoio. As formas de violência vão desde agressões verbais até físicas. A CST é um espaço fundamental para dar voz à categoria e encaminhar soluções concretas”, reforçou.
A reunião consolidou a necessidade de ações rápidas e coordenadas para proteger profissionais que estão diariamente na linha de frente do cuidado à população. O próximo passo será a elaboração de propostas legislativas que garantam a segurança e a valorização da enfermagem em Mato Grosso.
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