Por Redação | Várzea Grande Livre

A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu, nesta quinta-feira (4), um casal considerado de alta periculosidade e apontado como líderes de uma facção criminosa que atuava no município de Aripuanã (a 976 km de Cuiabá). A ação foi coordenada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com apoio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e da Delegacia de Polícia de Aripuanã.

O homem, de 24 anos, tinha três ordens de prisão em aberto, sendo dois mandados por tráfico de drogas e um por homicídio. Sua companheira também era procurada e possuía mandado de prisão por homicídio. Ambos estavam na condição de foragidos da Justiça.

Do Rio de Janeiro a Cuiabá: a rota da fuga

De acordo com as investigações, o casal havia fugido para o Rio de Janeiro, onde se escondia da polícia. Porém, na semana passada, retornou para Mato Grosso, acreditando que conseguiria se manter em anonimato na capital.

A equipe da GCCO/Draco, em conjunto com policiais de Aripuanã, monitorava os passos dos criminosos e, após troca de informações de inteligência, descobriu que eles haviam se instalado em uma residência na região do Coxipó do Ouro, em Cuiabá.

Durante as diligências, os policiais cercaram o local e efetuaram a captura sem possibilidade de reação por parte dos suspeitos.

Líderes de facção e histórico de violência

O casal é apontado como liderança de um grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas e a homicídios na região de Aripuanã, considerada estratégica para o escoamento de entorpecentes. Segundo a Polícia Civil, eles estavam diretamente envolvidos na coordenação de atividades ilícitas da facção, incluindo execuções para manter o domínio territorial.

A alta periculosidade dos criminosos fez com que fossem incluídos nas prioridades da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, lançado pelo Governo de Mato Grosso para intensificar o combate às facções criminosas no estado.

Tolerância Zero contra o crime organizado

A captura integra o planejamento estratégico da Polícia Civil, que tem atuado de forma ostensiva no enfrentamento ao crime organizado. O programa Tolerância Zero prevê a ampliação das operações contra tráfico, homicídios e outras ações relacionadas a facções, com foco em enfraquecer as estruturas financeiras e logísticas desses grupos.

Após a prisão, os dois foram encaminhados à GCCO/Draco, onde passaram pelos procedimentos de praxe, e posteriormente colocados à disposição da Justiça.

Impacto para a segurança pública

Segundo especialistas, a prisão de lideranças é um golpe significativo contra a atuação das facções, pois enfraquece a rede de comando e dificulta a articulação de novos crimes. Para a população de Aripuanã e região, o desmantelamento desse núcleo criminoso traz alívio e reforça a sensação de segurança, ainda que a luta contra o crime organizado siga sendo um desafio constante para as forças de segurança.

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