Na noite de terça-feira, 20 de maio de 2025, o Vasco da Gama garantiu sua classificação para a próxima fase da Copa do Brasil ao vencer o Operário nos pênaltis, em partida eletrizante realizada em São Januário. O técnico Fernando Diniz, em sua terceira partida à frente do clube, foi um dos grandes protagonistas da noite, vivendo uma verdadeira montanha-russa de emoções à beira do gramado.

Desde o apito inicial, as câmeras captaram as reações do treinador, que foram de uma serenidade inicial à explosão de alegria após o último pênalti convertido. A partida foi marcada por altos e baixos dentro de campo, mas o comportamento de Diniz também chamou a atenção pela intensidade e pelas decisões que influenciaram diretamente no resultado.

Da tranquilidade à irritação com erros do time

Fernando Diniz começou a partida tranquilo, demonstrando satisfação com o início de jogo do Vasco. A equipe pressionava o Operário no campo de defesa, criava boas chances e parecia ter o controle da partida. No entanto, conforme o primeiro tempo avançava, erros no setor ofensivo e espaços na defesa começaram a surgir, o que irritou o treinador.

Os primeiros gritos de Diniz vieram por volta dos 30 minutos, quando uma sequência de passes errados fez o técnico perder a paciência. O comportamento começou a mudar, com gestos mais ríspidos e falas direcionadas a jogadores específicos. O semblante calmo deu lugar a expressões de frustração, típicas do estilo enérgico pelo qual o treinador é conhecido.

Rayan brilha com apoio direto do treinador

O atacante Rayan, jovem revelação do clube, foi um dos nomes mais chamados por Diniz durante a partida. Repetindo o que havia feito no jogo anterior contra o Fortaleza, o técnico não poupou orientações e até chegou a tirar o jogador de campo por instantes para conversar com ele no banco de reservas.

Aos 40 minutos do primeiro tempo, após uma intensa orientação vinda da linha lateral, Rayan respondeu com futebol: marcou o primeiro gol do Vasco. A comemoração foi efusiva, com Diniz correndo em direção ao banco de reservas para abraçar membros da comissão técnica. Rayan foi comemorar com o treinador, mas acabou ouvindo mais instruções do que elogios.

"Diniz é um paizão pra mim, está me ajudando muito. Me dá muita bronca, mas é para o meu bem", afirmou Rayan na zona mista. "Mesmo na hora do gol, ele ainda me deu mais uma chamada (risos)."

Conflito com Loide Augusto marca segundo tempo

O momento mais tenso da partida veio no segundo tempo, quando o atacante Loide Augusto, de Angola, entrou em campo. Desde sua entrada, o jogador demonstrou resistência às orientações de Diniz, chegando a bater boca com o treinador em ao menos duas ocasiões.

A irritação foi evidente. Diniz gesticulava, chamava o jogador, que por vezes o ignorava completamente. A situação quase saiu do controle, com troca de olhares intensos e expressões carregadas de frustração. Apesar disso, Loide acabou se tornando personagem decisivo ao converter o último pênalti da disputa, garantindo a classificação do Vasco.

Silêncio nos pênaltis e alívio final

Conhecido por sua intensidade à beira do campo, Diniz surpreendeu a todos durante a disputa de pênaltis. O treinador, que havia gritado o jogo inteiro, optou por observar em silêncio cada cobrança, em contraste total com o comportamento mostrado durante os 90 minutos.

Mas foi apenas até a última batida. Após a conversão do pênalti por Loide, a tensão acumulada se transformou em pura emoção: Diniz explodiu de alegria, correu para o campo e comemorou com jogadores, comissão e torcida, encerrando a noite como um dos grandes personagens da classificação.

A vitória nos pênaltis dá ao Vasco a confiança necessária para a sequência da temporada, e para Diniz, reforça sua autoridade e estilo vibrante, que já começa a marcar sua passagem pelo clube.

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