Hugo Motta adota postura cautelosa diante de escândalo bilionário no INSS e evita pautar CPI: “Não vejo prioridade no momento”
Apesar da pressão de parlamentares da oposição e da gravidade das denúncias envolvendo fraudes milionárias em benefícios previdenciários, presidente da Câmara prefere manter silêncio estratégico e diz que seguirá ordem cronológica de pedidos

Em meio ao escândalo envolvendo desvios bilionários no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem sido alvo de críticas por adotar uma postura considerada morosa e evasiva diante da proposta de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Mesmo após o cumprimento do número regimental de assinaturas, Motta afirmou que “não vê prioridade no momento” e que existem outras solicitações de CPI em tramitação antes da proposta que visa apurar o rombo nos cofres da Previdência Social.
O comportamento de Hugo Motta tem causado desconforto entre parlamentares que exigem uma resposta rápida diante das suspeitas de fraudes sistêmicas na concessão de aposentadorias, pensões e benefícios assistenciais. Estima-se que os prejuízos aos cofres públicos ultrapassem a marca dos R$ 10 bilhões, valor que impacta diretamente a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro e levanta questionamentos sobre a atuação de agentes públicos e empresas terceirizadas envolvidas nos esquemas criminosos.
Durante entrevistas recentes, Hugo Motta reiterou que sua decisão sobre a instalação da CPI do INSS seguirá critérios técnicos e regimentais. “Recebemos diversas solicitações de comissões parlamentares de inquérito, algumas há mais tempo do que essa proposta. Precisamos respeitar a ordem de apresentação e analisar com serenidade”, declarou o presidente da Câmara. Questionado diretamente sobre a gravidade das denúncias, Motta reconheceu a importância do tema, mas evitou firmar compromisso com prazos. “É um assunto que merece atenção, mas ainda estamos avaliando. Não vejo prioridade no momento. A Câmara tem diversas pautas urgentes em tramitação”, afirmou.
A declaração gerou reações imediatas. Deputados da oposição acusam Hugo Motta de agir em consonância com o Palácio do Planalto, buscando evitar o desgaste político de uma CPI que pode comprometer a imagem do governo federal. Para os críticos, a demora na instalação da comissão compromete a transparência e a fiscalização de um dos pilares da seguridade social brasileira.
Além das suspeitas de desvios, há indícios de manipulação de dados, concessão fraudulenta de benefícios e utilização de sistemas paralelos para burla de regras legais. Técnicos do próprio INSS e da Controladoria-Geral da União alertaram que as irregularidades detectadas são apenas a “ponta do iceberg”, e que uma investigação mais ampla seria essencial para recuperar os valores desviados e responsabilizar os envolvidos.
Mesmo diante da pressão, Hugo Motta sinalizou que não descarta totalmente a criação da CPI, mas manteve o discurso protocolar. “Todas as propostas de CPI serão tratadas com seriedade e responsabilidade. Nosso compromisso é com a legalidade e com o bom funcionamento da Câmara dos Deputados”, disse ele.
Enquanto isso, a oposição articula um “plano B” e avalia solicitar a criação de uma comissão mista com senadores, como forma de driblar o impasse político na Câmara. A estratégia visa manter o tema em debate e aumentar o constrangimento público para forçar o avanço da investigação.
O silêncio estratégico de Hugo Motta em relação ao escândalo no INSS levanta dúvidas sobre a disposição da Câmara dos Deputados em enfrentar crimes contra os cofres públicos com a devida urgência. A sociedade, por sua vez, acompanha atenta o desenrolar dos fatos, cobrando posicionamento firme das autoridades para garantir justiça e transparência.
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