Homem em surto destrói viatura da Polícia Civil em frente à delegacia no Recife
Caso ocorreu no bairro de Afogados; familiares afirmam que o homem tem deficiência intelectual e não recebeu o atendimento necessário

Um episódio de grande repercussão chocou a população da capital pernambucana na última quinta-feira (15). Um homem em aparente surto psicótico destruiu uma viatura da Polícia Civil em plena luz do dia, em frente à Delegacia de Afogados, na Zona Oeste do Recife. As cenas foram gravadas por populares e rapidamente se espalharam pelas redes sociais, despertando indignação e questionamentos sobre a atuação do poder público diante de pessoas em sofrimento mental.
Nas imagens que circulam na internet, o homem aparece visivelmente alterado, vestindo apenas uma bermuda, empunhando um pedaço de madeira e, em meio a gritos, começa a danificar a viatura oficial estacionada diante da unidade policial. Ele quebra os vidros, retrovisores e parte da lataria do carro sem ser imediatamente contido por agentes, apesar da proximidade com o prédio da delegacia.
Testemunhas relataram que o homem é morador das imediações e já havia apresentado comportamentos semelhantes anteriormente. Sua mãe compareceu ao local durante a confusão e confirmou que o filho possui uma deficiência intelectual e não faz uso contínuo de medicação. Ainda segundo ela, o jovem já teve tentativas frustradas de internação e não recebe assistência psicológica adequada do sistema público de saúde.
A Polícia Civil de Pernambuco ainda não emitiu uma nota oficial detalhando o ocorrido ou informando quais providências serão tomadas em relação à depredação do patrimônio público. Também não houve confirmação se o homem foi detido, encaminhado a uma unidade de saúde mental ou liberado após o episódio.
O caso reacende um debate necessário sobre a invisibilidade de pessoas com transtornos mentais no Brasil e a falta de políticas públicas consistentes para atender essa população. Profissionais da área de saúde mental reforçam que surtos como esse são evitáveis, desde que o indivíduo receba tratamento adequado, acompanhamento contínuo e acolhimento das redes de atenção psicossocial.
Atualmente, muitas famílias acabam desamparadas, sem conseguir vagas em centros de apoio e enfrentando uma burocracia que atrasa diagnósticos e compromete a qualidade de vida dos pacientes. Episódios de violência, como o que aconteceu em Recife, muitas vezes são o resultado de negligências acumuladas por anos.
O incidente também levanta questionamentos sobre os protocolos de segurança adotados pelas autoridades. Apesar de o homem estar desarmado, ele conseguiu destruir boa parte da viatura sem intervenção imediata. Especialistas avaliam que faltam treinamento específico para os agentes em lidar com surtos psicóticos e estratégias para contenção não violenta, além de assistência médica emergencial nestes casos.
O vídeo do ataque circula em diversas plataformas e vem sendo compartilhado com mensagens de indignação e pedidos por respostas. Para muitos internautas, o caso representa não apenas um ato de vandalismo, mas um grito de socorro negligenciado por um sistema que falha tanto em proteger quanto em cuidar.
A reportagem seguirá acompanhando os desdobramentos do caso e aguarda o posicionamento oficial da Polícia Civil de Pernambuco sobre as providências que serão adotadas.
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