🛑 Crise atinge comércio: 10 lojas encerram atividades em shopping de Rondônia
Fechamentos simultâneos em Porto Velho refletem os impactos econômicos sentidos pelo setor varejista em todo o país; redes como Di Santinni, Iplace e Capodarte estão entre as afetadas.

Pelo menos dez operações comerciais foram encerradas até o final de abril no principal shopping de Porto Velho, capital de Rondônia, em um movimento que acende o alerta sobre a grave situação econômica enfrentada pelo setor varejista no Brasil sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A onda de fechamentos inclui marcas consolidadas nacionalmente, como Di Santinni, Malwee, Iplace e Capodarte, sinalizando que a crise não atinge apenas pequenos negócios, mas também grandes franquias e redes reconhecidas.
As lojas encerradas foram: VR Collection, Di Santinni, A Patricinha, Outlet Via Lara, Malwee (adulto e kids), Iplace, Cabana Green, Capodarte, Valirse Lingerie e Magic Fit. A debandada comercial ocorre em um momento de retração do consumo, aumento de custos operacionais e escassez de mão de obra qualificada, conforme relataram empresários locais.
O impacto é visível tanto na estética do centro comercial, com diversos pontos agora fechados e cobertos por tapumes, quanto na movimentação diária, que caiu significativamente nos últimos meses. Comerciantes que ainda resistem no local relatam queda de até 40% nas vendas, além de dificuldades para manter equipes completas e operacionais.
“O consumidor sumiu. A inflação corroeu o poder de compra, o crédito está mais caro, e os encargos aumentaram. Fica insustentável para muitos manter uma loja aberta, especialmente com o aluguel e os custos fixos tão altos”, afirmou um lojista que pediu para não ser identificado.
O fenômeno, porém, não é isolado. Em várias regiões do país, marcas estão encerrando suas operações físicas. A The Body Shop, rede internacional de cosméticos presente no Brasil há mais de uma década, anunciou o fechamento de todas as suas lojas no território nacional. Com cerca de 20 unidades na Grande São Paulo, a empresa agora atua apenas por meio de canais digitais, até que os estoques se esgotem.
Outro exemplo emblemático é o das Lojas Americanas, que seguem enfrentando um processo de reestruturação profunda. Diversas unidades no interior de São Paulo e em outras localidades foram fechadas ou reduzidas, em meio a uma crise financeira e contábil sem precedentes, que colocou a empresa sob investigações e afetou drasticamente sua presença física no varejo.
Segundo analistas econômicos, a desorganização fiscal, alta carga tributária, inflação persistente, juros elevados e queda no poder de compra compõem um cenário adverso para o setor varejista, que depende diretamente da recuperação do consumo. Enquanto o governo tenta estimular a economia por meio de programas sociais e incentivos setoriais, o empresariado cobra medidas mais efetivas de desoneração e crédito.
Especialistas alertam que, se não houver uma retomada consistente da atividade econômica, novos fechamentos deverão ocorrer nos próximos meses, afetando ainda mais o nível de emprego e a arrecadação nos municípios.
A crise no varejo é mais um reflexo de um Brasil em desaceleração, que ainda enfrenta os efeitos de anos de instabilidade política e econômica, agora agravados por decisões que, segundo o setor produtivo, têm inibido a confiança de investidores e empreendedores.
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